Louco

Qual náufrago que mergulha no vazio,

Peito, alma e coração

De emoções -- desertos,

Tateando espaços,

No laço de dementices,

No compasso desencontrado -

Perdido no vazio,

0 demente busca o imponderável,

No imponderável momento

A que não sebe o que encontrar!

Vái, louco! A estrada é longa.

O tempo é curto.

Desnorteado busca desses limites

Que não têm limite

No tempo, no espaço, na imensidão,

Com sofreguidão alcançar

O que não pode alcançar

No seu limitado horizonte

De caminhos intrincados

De desilusões!

Vai , a loucura alenta seu viver

De ânsias tresloucadas,

Em devaneios e delírios tantos

De alcançar o mundo, de no mundo

Ter desmedido poder,

Para o qual, não tem limites!

Sendo galardão e esteio seus:

Ganhar o mundo!

Vai, louco! A estrada é longa.

O tempo é curto.

JUCKLIN CELESTINO FILHO
Enviado por JUCKLIN CELESTINO FILHO em 21/09/2020
Reeditado em 28/09/2020
Código do texto: T7068544
Classificação de conteúdo: seguro