Assim falou o profeta Zaratustra para Nietzsche, o fundamento da nova hermenêutica.
Não existe deus, a vida não tem sentido, todos os ensinamentos são ideologias.
O homem é essencialmente dissimulado, perigoso, usa para racionalidade objetivando, propor a verdade como engodo.
Qual o grande objetivo da civilização, a alienação do espírito, Nietzsche referia a cognição.
Uma vez que Nietzsche não acreditava na alma.
O homem está abandonado nesse mundo, sozinho perdido, não deve obedecer os deuses.
É fundamental ao homem aprender identificar corretamente o seu inimigo, aquele que usa da vossa pessoa para lhe manter na marginalidade.
Do ponto de vista da finalidade da existência, o que há tão somente ilusão.
Você é o seu próprio inferno, sabe qual a razão de tudo isso, você o seu demônio. Portanto, não é possível a construção ideológica do paraíso.
Surge então o profeta Zaratustra, entre montanhas e vales.
Desesperadamente anunciando, o homem precisa superar sua pequenez.
A ideologia do liberalismo econômico, pois Zaratustra é a voz do próprio Nietzsche.
Fundamental que morra o homem fragilizado, produto do cristianismo e da filosofia helênica.
Hoje seria o homem fabricado pela Escola e Chicago, produto do neoliberalismo, fundamental a destruição da razão instrumentalizada.
Todavia no tempo Nietzsche, a eliminação da metafísica platônica,
O homem como resultado da mística cristã, sem perspectiva civilizatória.
Veementemente proclama o profeta Zaratustra, é necessário nascer o novo homem.
O profeta.
Essencialmente crítico e racionalista, deseja destruir Platão.
Do mesmo modo, parte da filosofia moderna, principalmente Descartes.
Como também o liberalismo iluminista.
O profeta reveste com a epistemologia de Schopenhauer,
Sobretudo, a crítica do mundo como representação das ideologias, as novas formas de dominação.
A linguagem de Zaratustra, representa o grito desesperado de uma civilização perdida, a história sem direção humanitária.
Resultada de um modelo de sociedade atrasada, fundamentada em princípios religiosos ultrapassados em defesa de classes parasitárias, tal qual como são nossos dias.
A metafísica e a moral sem significações, Com efeito, a Europa produziu o profeta.
Portanto, a necessidade da superação de deus, dos seus mandamentos.
A impossibilidade da continuidade da metafísica.
Kant em seu magnífico livro, Crítica a razão pura,
a eliminação da metafísica.
Darwin destruiu a base civilizatória fundamentada no criacionismo, Marx como é produzida a pobreza no desenvolvimento econômico.
Zaratustra o grande profeta do mundo moderno, quer ser o porta voz do novo século, o que de fato foi, transformando no pressuposto de novas filosofias.
O materialismo histórico, o existencialismo, a hermenêutica e a fenomenologia, por último, o mundo da pós verdade.
Não existem verdades no mundo, tão somente interpretações parciais, subjectivas, deus simplesmente mentira.
O povo precisa despertar de um sono interminável, mergulhado em uma noite intensamente escura, o novo dia determinado por uma cegueira quase incurável.
Sendo o mundo a absolutização da mentira, como se fosse verdade, a realidade apenas a sua interpretação cultural, histórica e ideológica, o sonho a representação do desejo político, a vontade do domínio.
O sábio aquele propõe a destruição das ideologias, voltar-se para o mundo, descobrindo que deus morreu, sendo que o homem tem que obedecer tão somente a ele mesmo, superando seus dominadores.
Somos os nossos senhores.
Edjar Dias de Vasconcelos.