Olhando pra dentro de mim
Não me assustam esses parcos cabelos brancos
Essas barbas compridas não dizem nada
Minha mente é ainda um turbilhão
Onde mil pensamentos nascem e morrem todos os dias
Nunca perdi o senso da revolução
Vivo com o mesmo processo de indignação
Dos tempos longínquos de jovem
Escuto muitas musicas
As antigas e poucas novas, mesmo porque as novas são pobres
Meu coração bate forte, pujante
Minhas pernas ainda me levam aos lugares que quero
Sei que os olhares sobre mim não são esses
Mas o meu olhar sobre coisas e pessoas continua atento