SONETO DO LABIRINTO
O badalo bate, o sino soa e o som
desliza feito navalha no cérebro.
O ir e vir do badalo reflete na cabeça:
chiado, zumbido, ruído, estampido – eco.
O trem apita, o seu soprar surge feito raio
estremecendo as paredes sanguíneas,
a veia salta, pulsa pesando à cabeça,
torturando e desestruturando as linhas.
O cão late, seu ganido invade o labirinto.
O som atinge todos os sentidos
e o ouvido, cansado de tantos ruídos, chia.
O nariz se fecha, os olhos doem
e a boca quer gritar, porém, o grito é contido!
Assim, a cabeça pesa, dói, pulsa e enreda-se.
Audrei Marsan
O badalo bate, o sino soa e o som
desliza feito navalha no cérebro.
O ir e vir do badalo reflete na cabeça:
chiado, zumbido, ruído, estampido – eco.
O trem apita, o seu soprar surge feito raio
estremecendo as paredes sanguíneas,
a veia salta, pulsa pesando à cabeça,
torturando e desestruturando as linhas.
O cão late, seu ganido invade o labirinto.
O som atinge todos os sentidos
e o ouvido, cansado de tantos ruídos, chia.
O nariz se fecha, os olhos doem
e a boca quer gritar, porém, o grito é contido!
Assim, a cabeça pesa, dói, pulsa e enreda-se.
Audrei Marsan