Esquadros
Entre mobilhas e quadros,
Entre fotos e fatos,
Lamentando fortemente cada escolha,
E com elas, as consequências,
Que me apunhalam diariamente...
Me deparando frontalmente,
Com a única companheira,
Uma amiga única e terrível, a solidão!
Lembranças foram e estão sendo apagadas...
Por palavras cruéis e verdadeiras!
Que fustigam todo meu intelecto,
Me fazendo ainda mais amigo da solidão,
Doce e afável amigo,
Então me achego a morte.
Como uma inseparável companheira,
Matando aquilo que era e que não é mais...
Me refazendo em morte irei...
Para que assim como o grão de trigo,
Que para se fazer em pão, morre para dar vida,
Assim seguirei meu caminho,
Se matar para que reviva a vida em mim.
Matar aquilo que feri,
Ferir aquilo que machuca,
E machucar aquilo apunhala,
E ao me refazer em dores, me apegar
Ao único e verdadeiro sentimento que reverbera
Em frente aos meus olhos,
Me encarando sedento para se entregar a mim,
O imenso e indubitável amor divino.