BRUXAS QUEIMADAS

Quantas bombas explodiram, quantas bruxas foram queimadas,

E nós seguimos como quem não aprendeu nada, ignorando qualquer anátema,

Quantos gritos de socorro sufocados em um olhar,

Crianças sem a estrutura de um lar,

E nós os ignoramos, sem os abraçar ou alimentar,

Alguns se levantaram pelas nações,

Em seus discursos apenas ilusões,

Vazios em suas reflexões,

E alguns defendem o indecente,

Enquanto morre calado um inocente.

Onde foi que o mundo falhou,

Que coisa importante faltou,

O veneno está mais constante,

E o mal não está tão distante,

O que precisaremos fazer para isso reverter,

Antes que todas as frutas venham apodrecer,

Será que um dia não buscaremos vingança,

Construindo a nação em esperança,

Será que um dia não teremos fronteiras nos dividindo,

E solidariamente seguiremos sorrindo,

Acordemos e vejamos que o amar,

É tão importante quanto o ar,

Temos que amenizar toda dor,

E fazer refletir o fulgor.

Quantas bombas explodiram, quantas bruxas foram queimadas,

E nós observaremos ainda sem falar nada, seguiremos sem fazer nada?

Estamos envenenados e morrendo com a nossa humanidade,

Padecendo com a iniquidade,

Precisamos gritar ou seremos engolidos,

Pelos demônios do mundo corrompido,

Quantas bombas explodiram, quantas bruxas foram queimadas?

E tem gente ainda com as armas apontadas,

Trocando fortunas pelas ciladas,

Mas nós temos que amenizar toda dor e fazer refletir o fulgor.