A contemplação do vosso brilho.
Mesmo que o caminho esteja cheio de pedras, que meus pés tenham que ferir, mesmo que o trilho coberto de espinhos, que a montanha seja intransponível.
Não posso desistir, mesmo que tenha que sofrer, vou ter que prosseguir.
Não consigo destruir os meus sonhos, existe algo muito importante dentro da minha cognição.
Não precisa acontecer tudo que deveria ser previsto, é melhor uma parte, contrariamente, exatamente o nada.
Não prometo ser o melhor mundo, entretanto, é fundamental escutar a vossa alma.
Até pensei inventar uma explicação, entretanto, não existirá encantamento.
Serei contemplativo a sua doçura.
Luto contra o desejo, todavia, a vontade é muito forte, te oferecerei o paraíso.
Simplesmente não consigo deixar de pensar, o vosso mundo é a inefabilidade da minha substancialidade.
Não posso desistir mesmo que a esperança seja apenas uma utopia, vou subir a montanha em direção ao céu, quero ver de perto o azul do infinito.
Não posso deixar o seu esplendor, ainda sonho, tenho no peito a respiração, o vosso ar é a saturação dos meus pulmões.
Vou viver o resto da existência imaginando o meu caminho, sentindo o brilho do sol, na esperança que a madrugada possa renascer, ninguém vai desmanchar os meus sonhos.
Não vou deixar o amor perder entre as sombras da imaginação, mesmo o caminho sendo destruído por trovões.
Não posso parar de sonhar, mesmo a noite estando acordado.
Se desistir ficarei preso nas recordações, sentirei uma cruz cheia de espinhos, preciso caminhar, se não conseguir chegar ao topo montanha, com os pés machucados, verei a distância a luz de hidrogênio iluminando o universo.
Contemplarei então o vosso brilho.
Edjar Dias de Vasconcelos.