A destruição do hidrogênio do sol.
Vou seguir o meu caminho, sozinho, olhando para o infinito, sem ver o azul do céu.
Sempre perguntando, por que a luz de hidrogênio acabou, o sol está escuro, transformou-se em buraco negro.
Então ninguém vai entender qual a minha ideologia, o mundo desmoronou, não sei mais qual o trilho que devo seguir.
A heurística da vossa ataraxia.
Caminhando com os pés trôpegos, pensando no passado, sem entender o presente, sabendo que o futuro a mais pura ficção.
Então quem sou? Por onde tive que passar, esquecendo a trajetória morrendo na solidão.
Hoje apenas a imaginação fluída através do sofrimento produzido pelo equívoco, esquecido ao entardecer.
Sei que outros dias virão, entretanto, o meu momento é tão próximo, não poderei pensar além deste instante.
Serei então o evaporar da esperança, perdida em uma velha célula quântica, apenas a poeira química substanciada em vosso DNA mitocondrial.
Asserção da vossa compreensão.
Outras retrospectivas não haverão, o vosso sorriso prendeu a face do meu rosto na brisa da madrugada.
Deste modo, serei a intensidade esquecida, como se fosse o futuro premeditado, exaurido na minha emocionalidade apofântica.
Como phainómenon descritivo.
Assim sendo, eu mesmo terei que ser o substrato do meu caminho, tanta tristeza, não poderei ver o brilho da mais linda estrela.
Deste modo, a facticidade apolínea.
Com efeito, meus olhos ficaram turvos, a distância do tempo, no exato momento, como se tudo fosse muito complexo, desta forma, acabou a contemplação.
Soluços nos lábios, o olhar perdido, o futuro não mais existe, lágrimas nos olhos, o fim da história.
Deste modo, a hermenêutica heteronômica.
Tive que entender a não existência do sujeito cognitivo, sem consubstancialidade, solitariamente seguirei o meu trilho, esquecendo o fundamento apodíctico, como se a realidade não existisse.
Olhando para o infinito, sem poder sentir o azul do cosmo, a razão da minha tristeza, o sentimento destruído nas ilusões dos sonhos.
Edjar Dias de Vasconcelos.