MEDO
Nascemos com o medo,
medo anterior
e medo de existir,
a incerteza do viver.
O amor
essa flor matinal
conspícua
e necessária
também tem medo.
Medo do beijo
ausente.
Faz frio na Bahia.
O padeiro bem cedo
na esquina tem medo.
Medo de não matar a fome
de tanta gente.
Tem medo a vida
no pelô,
a liberdade tem medo.
A semente
na terra árida
tem medo.
Medo de não brotar
destino dos que amam.
A alegria anda trêmula
pela falta de esperança.
O suspiro anda preso
por um fio de ar.
O dia tem medo da noite
de suas entranhas,
e de não mais acordar.
Nascemos com o medo,
medo anterior
e medo de existir,
a incerteza do viver.
O amor
essa flor matinal
conspícua
e necessária
também tem medo.
Medo do beijo
ausente.
Faz frio na Bahia.
O padeiro bem cedo
na esquina tem medo.
Medo de não matar a fome
de tanta gente.
Tem medo a vida
no pelô,
a liberdade tem medo.
A semente
na terra árida
tem medo.
Medo de não brotar
destino dos que amam.
A alegria anda trêmula
pela falta de esperança.
O suspiro anda preso
por um fio de ar.
O dia tem medo da noite
de suas entranhas,
e de não mais acordar.