ABOLIÇÃO

Liberdade, palavra estranha,

Beirando à incompreensão,

Um sopro de luz e vida

Que aquece o coração.

Sensação de perda e ganho,

Gostinho de “Abolição”.

Abolição de meus pecados,

De sonhos, de preconceitos,

De guerras psicológicas,

Do lado avesso e direito,

De traumas e de manias,

De angústias dentro do peito.

Soa ao longe, como um sino,

Vem chegando de mansinho,

Invadindo nossa alma,

Cutucando como espinho,

Abrindo nossos horizontes,

Abrindo novos caminhos.

Balanceei ganhos e perdas

De invernos e de verões,

Ponderei minhas verdades

E cheguei à conclusão

De que a melhor realidade

É ser livre no coração.

Poema publicado no livro "Não diga que a poesia está perdida (2016)

Cleusa Piovesan

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Cleusa Piovesan
Enviado por Cleusa Piovesan em 17/08/2020
Código do texto: T7037771
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