ABOLIÇÃO
Liberdade, palavra estranha,
Beirando à incompreensão,
Um sopro de luz e vida
Que aquece o coração.
Sensação de perda e ganho,
Gostinho de “Abolição”.
Abolição de meus pecados,
De sonhos, de preconceitos,
De guerras psicológicas,
Do lado avesso e direito,
De traumas e de manias,
De angústias dentro do peito.
Soa ao longe, como um sino,
Vem chegando de mansinho,
Invadindo nossa alma,
Cutucando como espinho,
Abrindo nossos horizontes,
Abrindo novos caminhos.
Balanceei ganhos e perdas
De invernos e de verões,
Ponderei minhas verdades
E cheguei à conclusão
De que a melhor realidade
É ser livre no coração.
Poema publicado no livro "Não diga que a poesia está perdida (2016)
Cleusa Piovesan
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