Homenagem a MARIELLE FRANCO
Quando foi que os homens acreditaram
poder abusarem de suas mulheres?
Quem tramou empobrecer a contação
de histórias e de vidas?
Foi ele, ela, todos nós consentimos
sem meter tantas colheres,
omitindo palavras e feridas
Quando foi que alguém lhe disse
Que era atrevida e “não podia”?
Algum ser de fraca fabulação e
rala fantasia?Ou diversa sandice?
Quando quis falar e não conseguiu?
Deixou a ausência doída seguir
Com alguma faca ou tiro que lhe atingiu?
Agora corre o manto de sangue
Por ruelas e vilas, cidades e avenidas
Buscam cidadãs e sentinelas da paz
que assustadas por guerras indevidas
enfrentam duras criaturas com madrigais
Assim como as perguntas se sucedem
nossas sobrevidas se apoiam e alcançam
numa corrente imaginária e infinita
certas de que virão a paz ,o amor maior
entre os seres e a delicada beleza da mão estendida.
Quando foi que os homens acreditaram
poder abusarem de suas mulheres?
Quem tramou empobrecer a contação
de histórias e de vidas?
Foi ele, ela, todos nós consentimos
sem meter tantas colheres,
omitindo palavras e feridas
Quando foi que alguém lhe disse
Que era atrevida e “não podia”?
Algum ser de fraca fabulação e
rala fantasia?Ou diversa sandice?
Quando quis falar e não conseguiu?
Deixou a ausência doída seguir
Com alguma faca ou tiro que lhe atingiu?
Agora corre o manto de sangue
Por ruelas e vilas, cidades e avenidas
Buscam cidadãs e sentinelas da paz
que assustadas por guerras indevidas
enfrentam duras criaturas com madrigais
Assim como as perguntas se sucedem
nossas sobrevidas se apoiam e alcançam
numa corrente imaginária e infinita
certas de que virão a paz ,o amor maior
entre os seres e a delicada beleza da mão estendida.