SOMOS BARCOS QUE NAVEGAM SEM PARTIRMOS - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros
SOMOS BARCOS QUE NAVEGAM SEM PARTIRMOS
Luiz Poeta - Luiz Gilberto de Barros
A distância nos separa, mas sonhamos...
E nos sonhos, somos muito mais felizes,
Pois nas cores mais sensíveis que criamos,
Inventamos flores de novos matizes.
Nossas rosas são azuis sem as tingirmos,
Nossos mares são tranquilos ou selvagens,
Somos barcos que navegam sem partirmos,
Ninguém pode impedir nossas viagens.
Somos seres que transcendem sentimentos,
Nosso voo vai muito além da eternidade,
Recriamos nossos próprios pensamentos,
Nosso amor só sobrevive em liberdade.
Colorimos as imagens que queremos,
Encurtamos o espaço que separa
Quem nos ama, com o melhor amor que temos
E é assim que a solidão nos vira a cara.
Mesmo quando alguma dor nos surpreende,
Porque somos seres frágeis e mortais,
Só a nossa fantasia compreende
Esses nossos sofrimentos tão iguais.
Construímos nossas naus e viajamos
Para onde os sonhos possam nos levar
Pois em cada sonho bom que recriamos
Nós soltamos nossa solidão... no mar.
...
– às 22 h e 45 min do dia 24 de julho de 2015 a partir da leitura do conto “Rainha Menina”, de Walkyria Garcia.
Direitos Autorais reservados ao Autor - BNRJ