LIVROS DE TODO TIPO
Há uns tipos de espelhos
Que me mostram por inteiro
Neles eu posso até ver
O que é falso ou verdadeiro
Ele também são janelas
Que pulo de madrugada
Para escrever os meus poemas
Com a mente alucinada
São portas para o saber
Abertas a qualquer um
Mas se você deixar fechados
Não vai a lugar nenhum
São degraus que me permitem
Construir o meu futuro
E eu subo de um em um
Sem precisar pular muro
Se você não tem abrigo
Nas horas de solidão
Eles são grandes amigos
Que você segura nas mãos
Como os portos para os barcos
Eles são ancoradouros
Que acolhem nossas angústias
Tão valiosos quanto ouro
Para um mergulho seguro
Dentro da imaginação
Use-os como trampolim
Mas só não perca a razão
Eles são válvulas de escape
Se um problema incomodar
Basta sentar numa sombra
E com ele dialogar
Ha um retiro tranquilo
Quando quero meditar
Eu me escondo dentro dele
E posso até viajar
Às vezes, ao ler um livro
Adormeço sem querer
Ele se torna o cobertor
Que aquece o meu saber
São tapetes voadores
Iguaizinhos ao do Aladim
E eu vou a tantos lugares
Que até me perco de mim
Mas mais do que tudo isso
São faróis na escuridão
Vêm a mente iluminar
São os livros, meu irmão!
Amor ou amar?
Cleusa Piovesan
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