LIVROS DE TODO TIPO

Há uns tipos de espelhos

Que me mostram por inteiro

Neles eu posso até ver

O que é falso ou verdadeiro

Ele também são janelas

Que pulo de madrugada

Para escrever os meus poemas

Com a mente alucinada

São portas para o saber

Abertas a qualquer um

Mas se você deixar fechados

Não vai a lugar nenhum

São degraus que me permitem

Construir o meu futuro

E eu subo de um em um

Sem precisar pular muro

Se você não tem abrigo

Nas horas de solidão

Eles são grandes amigos

Que você segura nas mãos

Como os portos para os barcos

Eles são ancoradouros

Que acolhem nossas angústias

Tão valiosos quanto ouro

Para um mergulho seguro

Dentro da imaginação

Use-os como trampolim

Mas só não perca a razão

Eles são válvulas de escape

Se um problema incomodar

Basta sentar numa sombra

E com ele dialogar

Ha um retiro tranquilo

Quando quero meditar

Eu me escondo dentro dele

E posso até viajar

Às vezes, ao ler um livro

Adormeço sem querer

Ele se torna o cobertor

Que aquece o meu saber

São tapetes voadores

Iguaizinhos ao do Aladim

E eu vou a tantos lugares

Que até me perco de mim

Mas mais do que tudo isso

São faróis na escuridão

Vêm a mente iluminar

São os livros, meu irmão!

Amor ou amar?

Cleusa Piovesan

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Cleusa Piovesan
Enviado por Cleusa Piovesan em 11/08/2020
Código do texto: T7032120
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