2020, O ANO DO SILÊNCIO
É preciso silêncio e muita calmaria para ver 2020
O tempo está passando e estamos do lado de cá
Em família, reaprendemos a viver o amor,
Mas também vimos muitos se despedirem dos seus
E até de parentes próximos.
Cidades grandes e pequenas, ricos e pobres;
Não importa cor, sexo, religião, poder aquisitivo,
Todos estão sendo abraçados pouco a pouco
Por um vírus veloz e silencioso
Que tem deixado o mundo atônito.
E tudo isto para dizer que é preciso silêncio:
Silêncio para ouvir a família,
Silêncio para se calar diante de tantas vítimas,
Silêncio para ouvir filhos;
Silêncio para ouvir a voz de Deus.
A voz do silêncio é a voz que clama.
Pois enquanto a sociedade se cala,
Consente diante das atrocidades do mundo.
É preciso silêncio para percebermos
Que tudo isto não é sonho,
Mas uma realidade cruel de um ano inacabado,
Que não passou, está passando, com ruas,
Lojas, shoppings e estádios vazios.
Mas com uma população não tão consciente
De seus atos. Um 2020, onde a educação teve
Que ser reinventada. Um 2020 que o Mundo parou
Para ver a coroa de um vírus imperar diante de um
Povo apavorado, inquieto, às vezes contestador,
Porém ciente que está sendo um ano diferente e assustador.
Pois por mais que a ciência avance, o vírus é rápido, como a
Velocidade da luz e, terrivelmente avassalador.
O ano de 2020 é o ano do silêncio,
Pois paramos para refletir que somos capazes
De sentir a falta do abraço e a vontade de estarmos
Próximos, pois a distância enfraquece o ser.
O ano de 2020 será lembrando como o ano de
Um vírus que fez o povo se mascarar,
Higienizar para se defender do inimigo.
É preciso silêncio para se tornar humano,
É preciso silêncio para ouvir a voz da consciência,
Pois o próximo está distante
E o distante... faz falta.