REINO DAS ESPIRAIS DE FUMOS
Meu amor ninguém jamais entendeu,
Inclusive eu ...
Desde o princípio trazia-me cavernas
E um pouco cisterna.
Amor de proprietário, dono da posse:
Entenda, se esforce,
Ao fundo sempre o ganido de um cão alfa
Cuja cauda se esfalfa.
Os cabelos se embranquecem,
O branco da claridade,
A claridade da clareza.
As coisas que nos acontecem
Mudam com a idade,
Aproximam-se de certezas .
A certeza de ser vulnerável
E a de busca do aconchego
De mar(quiçá do mais navegável),
Posto que repercutem ideais gregos.
Assim cavernoso
Descreio de quem veja
O que houver lá fora.
Tique meu nervoso
Faz-se até que seja
Face de um "muito embora" ...
O mar é tempo, marés,
E que entenda-te no que és,
De viés, nas ondas de onde
E quando sem perder o bonde ...
Eis que a caverna se alaga
E o mar lhe traz a vida.
Com este amor que larga
Visão far-se-á compungida.
Primeiros passos para o alto
À luz da caverna no sopé
Da montanha:
Coisa estranha,
Tudo vem a mim de assalto,
Encerro dilúvios, qual Noé.