EFÊMEROS SENTIMENTOS
Ah, nômades sentimentos!
São tantos que me possuíram,
Alguns pousaram no meu mundo
De passagem, logo se foram
Não deu tempo conhecê-los.
Outros deixaram marcas, profunda marcas,
Que ainda não cicatrizaram;
São como às brasas das paixões intensas
Que sempre serão ardentes.
Ah, efêmeros sentimentos!
Tão frágeis como as nuvens de algodão,
Que se foram no sopro do vento
Que me conquistaram no primeiro olhar;
Num beijo roubado
Em uma inebriante madrugada.
Na essência do perfume
Que ficou no meu corpo ao amanhecer
Dos meus desejos proibidos.
Ah, amantes sentimentos!
Alguns, suaves como à brisa
Das tardes de verão,
Que me fizeram escravo das suas vontades;
Dos amores que passaram por mim;
E, que deixaram, parte dos seus retalhos
Dispersos na minha vida;
Cada um levou pedaços do meu coração.