Despi-me, e daí?
Não preciso me vestir
Com essa roupa imunda
Que me querem impor
Não me cai bem
Não me visto com esse traje pérfido
Feito de tecido de última categoria
Envergonha-me aqueles que dele se vestem
E se cobrem pela insensatez sórdida
Desse pano sem fundo, sem fundamento
Sem rumo.
Que roupa é essa?
Desbotada, retrógrada
E ultrapassada
Não me serve
Nem para tapete
Deve ser rasgada
Com todas as suas manchas
De ódio, de rancor
De intolerância
Não sirvo nesses botões apertados
Sufoca-me a gola
Meus punhos sim, estão livres
Como meus gritos
Mesmo que contidos
Pela máscara necessária
Mas que não me cala
Diante dessa roupagem
Imensamente repugnante
Que não disfarça em nada
A péssima qualidade
Em que é revestida
Pobre alma, pobres ricos
Que vestem desse tecido
Irremediavelmente empobrecidos.
Ausentes a esperança, a decência
E a dignidade humana!
Não preciso me vestir
Com essa roupa imunda
Que me querem impor
Não me cai bem
Não me visto com esse traje pérfido
Feito de tecido de última categoria
Envergonha-me aqueles que dele se vestem
E se cobrem pela insensatez sórdida
Desse pano sem fundo, sem fundamento
Sem rumo.
Que roupa é essa?
Desbotada, retrógrada
E ultrapassada
Não me serve
Nem para tapete
Deve ser rasgada
Com todas as suas manchas
De ódio, de rancor
De intolerância
Não sirvo nesses botões apertados
Sufoca-me a gola
Meus punhos sim, estão livres
Como meus gritos
Mesmo que contidos
Pela máscara necessária
Mas que não me cala
Diante dessa roupagem
Imensamente repugnante
Que não disfarça em nada
A péssima qualidade
Em que é revestida
Pobre alma, pobres ricos
Que vestem desse tecido
Irremediavelmente empobrecidos.
Ausentes a esperança, a decência
E a dignidade humana!