A MINHA CASA

izaías Veríssimo de Castro - 29/07/2020

A janela da minha casa, onde apoio meus braços e fico a imaginar no gozo do tocar do vento é pequena, mas os meus sonhos são grandes e intensos;

A porta da minha casa, por onde adentro a livrar das intempéries do tempo é estreita, mas de um em um por ela passa muita gente;

A sala da minha casa, sem evidente conforto, é compacta, mas ainda assim encostado na parede resiste aos janeiros um velho sofá, onde me aporto e posso deleitar;

O quarto da minha casa, é opaco e de pouco espaço, mas acomoda minha cama onde descanso e vivo meus encantos;

A cozinha da minha casa, tem lá um fogão, um filtro de barro já com sinais esparsos e um armário arcaico, porém bem sortido dos mantimentos que preciso;

A mesa da minha casa, onde com o sagrado pão alimento é minúscula, mas de quatro em quatro em volta dela muitos sentam e se fartam;

O quintal da minha casa, não tem muralha e nem piso de pedra assentado, é terreiro de terra batida, mas é de uma beleza estonteante, tão sombrio e aconchegante e o limite é o esplendor do horizonte;

A minha casa: simples, pequena, mas por Deus, grandemente abençoada.

Záias Castro
Enviado por Záias Castro em 29/07/2020
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