Mistura
Eu sou o surrealismo
Em um realismo
Sem fim.
Eu sou uma obra parnasiana.
Minhas curvas têm a geometria
De uma obra cubista.
Eu não sou futurista,
Pois mesmo desejando o futuro,
Vivo do passado.
Vivo em um romantismo
Sem fim e doloroso
Que me confundo com a vida de Werther.
Lis Verissimo