28 de Março
Amor viera-me tarde e proibido em sua forma de viver
Talvez por ele houvesse passado, mas nunca a reconhecer
Maldizei o gim que agora me acompanha a noite
A lembrança de meu amor um açoite na escuridão
Louvo a Dante em seu inferno, a procura de redenção
Pois meus pecados atingem minha fé, queimando-me em perdição
Ardente são as labaredas que queimam a carne dos amantes
E minhas juras são ouvidas em gritos, apaixonados e angustiantes
Uma loba uiva a lua, abandonada por sua alcateia
Em seus olhos toda a tristeza do mundo e amor inflama
E atirando-se nas águas, esconde seu medo da plateia
Não és frigida, não és amarga, é apenas sincera
E dividida entre ter os pés a terra e o pescoço sob o ar
Meu corpo s mantem completo, porém meu ser continua a sangrar
Amaldiçoada a deidade que condena o espirito a forma
Pois sua criação é falha, e ama, e julga e indiferentemente mata