Não sou gênio

Não sou gênio –Jamais

Aprendi uns versos de amor.

Nem sei como se faz

Simples poemas para uma flor.

Sou dessas criaturas

Que escreve por prazer,

Para desaguar as amarguras

Porque dom não há de ser.

Baudelaire, Drummond e Pessoa

Talvez venham me perguntar:

“És uma jovem à toa

Que pensa em nos copiar?”

Vejo nos mestres inspiração,

Luzes à primeira vista

Mas cheia de imperfeição

Só consigo me tornar copista.

Não sou como Camões

Nada entendo de lirismo.

Então peço mil perdões

Pelo meu idiotismo.

Não sou gênio –Nunca serei,

Pois essa não é a minha vocação.

– Será que um dia escreverei

Algo que comova um coração?

Glasya
Enviado por Glasya em 18/07/2020
Reeditado em 18/07/2020
Código do texto: T7009686
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