DEBAIXO DA GOIABEIRA

De tudo na vida posso um pouco
Mergulhando na mente inconsequente louco

Do rico ao pobre todos temos a nossa cachaça
Que da mesma forma esquenta queima farta.

Que te leva ao céu
Ou ao fundo precipício léu
De todas as formas sem saber
Que tudo é ressaca ao amanhecer.

Esculpindo uma tela
Pintando uma novela
Que será não sei quem sabe quando for
O inverso da idade quando ainda possa compor.

Com as pétalas que descem o arco-íris
Que na minha íris entoa como uma natureza boa
Destas que os pássaros mergulham nas águas ao amanhecer
E os peixes voam para lua quando a ver nascer.

Deitado na relva
Na sombra da goiabeira é que me beira
A ideia de procurar esta fonte no horizonte ao norte
Que seduz com sua luz, no enquanto de um silêncio em norma.