De Platão a hermenêutica de Foucault.
Havia um tempo, que o tempo não era o tempo, apenas a imaginação,
então tinha intuições.
Entretanto, a pergunta fundamental, o que é a heurística.
Recordo daquele instante, ainda jovem, pensava como seria o futuro, foram tantos caminhos, recordo dos trilhos pelos quais tive que passar.
Longe dos pais, avôs, meus protetores, restaram os padres, foram efetivando os meus momentos históricos.
Mundos não assertóricos elaborados.
Hoje tenho novos instantes, todavia, recordo da minha trajetória, a magnitude das razões desguarnecidas.
A vida se faz pelo passado, o instante é o passado, sendo o futuro o momento contínuo, o que acaba é de fato o presente, exuberante entendimento.
A hilética materialidade continental.
A existência dialética é deste modo, tive sorte, a perspectiva escolhida, estudar e compreender coisas difíceis, não foi fácil.
Com efeito, como seminarista, em um convento, a noite após o jornal nacional, ia até ao padre superior e pedia que me explicasse Sartre.
Entretanto, não gostava de falar de Darwin, muito menos de Marx, pedia explicações da filosofia de Nietzsche, Foucault nem pensar.
Como poderia defender a subjetividade absoluta, a destruição da metafísica, sendo o sujeito hermenêutico uma ilusão, mesmo que seja parcialidade.
O falibilismo de Peirce e a falsificabilidade de Popper.
Quando percebi que o fundamento da filosofia era tão somente Aristóteles, o referido ao desenvolver sua epistemologia a motivação a destruição de Platão.
Aristóteles desejava salvar o método indutivo em defesa das hipóteses empíricas, a alienação exatamente o espírito.
Quanto a mim, tinha milhares de motivações, desejava entender a origem da vida, o significado de deus, se de fato existia a alma.
Posteriormente, a compreensão do capitalismo, a produção da pobreza.
Tive que estudar os grandes gênios, interdisciplinarmente, quando entendi que deus era apenas uma invenção, produção humana.
Um pouco assustado, o mundo uma ilusão, logicamente a vida não tem sentido, não existe finalidade para existência.
Entretanto, o meu grande susto ao compreender que o cosmo não teve origem, o fundamento de tudo somente o nada.
Com efeito, o absurdo do absurdo, apenas o absurdo tem sentido, a minha revolução epistemológica.
O nada, exatamente a não existência, a realidade uma ficção, o referido entendimento foi magnífico, deste modo, superei a cultura, destruí a imaginação.
Perguntei então o que é a verdade, entretanto, percebi que a referida proposição absolutamente sem razão de ser, pois não existe a verdade, do mesmo modo, a mentira total não deve ser negada.
O que há de fato, apenas hermenêuticas construídas metodologicamente, sendo a verdade uma consonância metodológica, propositivamente, destruí a cognição.
Portanto, a verdade uma questão de método, o referido resultado das ideologizações.
Hoje tenho somente processos de sínteses, consegui construir uma razão logocêntrica neutra, no entendimento das diversidades hermenêuticas.
Com efeito, a minha epistemologização, não funciona a partir de um centro, consigo entender os diversos processos de sínteses, aproveitando os aspectos positivos de cada processo.
Entretanto, tudo aberto e sintético, todavia, sem nenhuma direção, pois não há lastro epistemológico, fenomenologicamente, em defesa da proteção hermenêutica.
Hoje sou um contemplador das destruições epistêmicas, sem admiração pelo método hermenêutico, todas as análises são ideologias propositadas.
A vontade do domínio político no uso da anti razão como racionalidade, a cultura o engano fundamentado sistemicamente.
Edjar Dias de Vasconcelos.