QUANDO FIQUEI SÓ II
Um “último abraço” não dado...
Aquele tchau sem uma voz...
Um “volto logo” dito enganado...
Pois não houve a volta. e agora estamos sós...
Um sorriso ainda não gravado...,
Que se foi e não mais volta
Como se um sinal houvesse soado,
Dizendo para não cruzar a porta
Tudo ficou frio de repente
Mal vejo a luz, caminho ou parada...
Será que é isso que todos sentem
Ou ainda não chegou o fim da minha estrada
Até vejo vultos, ouso ecos e sons
Porém, não sei se devo responder
Até tento impor minha voz, caído no chão
Só não tenho condição de me locomover...
Fora da estrada, me rastejo e me arrasto
Tentando chegar à beirada da pista
Para ser notado, isso digo de fato
Ainda há coisas sem riscar da minha lista...
Muitas vezes na verdade a vontade é de se entregar
Sem muito pensar, ficar parado sem nada fazer...
A dor continuaria a existir sem cessar
Más na companhia do nada, optaria viver
Muito se assemelha com um grave acidente
Quando nos encontramos no fundo do poço
antes obras de arte, nos dias reluzentes
Em outros já não passamos de esboços
Mas acredite que seguir, realmente é a melhor opção
Mesmo pensando que não, um dia isso tudo muda
Não é o fato de se ter alguém, pra sempre ou não
É que a estrada é movimentada e a viagem é curta...
Só quem nunca só um dia só já ficou,
Não sabe que assim só de verdade nunca conseguiria
Ter um momento de reflexão de quem só passou
Perceber que assim só, você enfim se faz companhia...