Enganos e desenganos

Nestes enganos e desenganos,

Onde o meu ser se faz profano.

De desenganos em enganos.

Nestes desenganos e enganos,

Onde me vejo assim tão pequeno.

De profano em profano.

Nestes enganos e desenganos,

Onde não passo de um fulano.

De desenganos em enganos.

Nestes desenganos e enganos,

Onde não passo de um bichano.

De fulano em fulano.

Nestes enganos e desenganos,

Onde levo uma vida de cigano.

De enganos em desenganos.

Nestes desenganos e enganos,

Onde jamais serei um tirano.

De cigano em cigano.

Nestes enganos e desenganos,

Onde não passa de um alucino.

De desenganos em enganos.

Neste desenganos e enganos,

Onde só se ver grande afano.

De tirano em tirano.

Nestes enganos e desenganos,

Onde me verem como um lusitano.

De enganos em desenganos.

Nestes desenganos e enganos,

Onde pode-se ser um insano.

De alucino em alucino.

Nestes enganos e desenganos,

Onde só pode ser um ufano.

De desenganos em enganos.

Nestes desenganos e enganos,

Onde se parece ser um troiano.

De insano em insano.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.

Joabe o poeta
Enviado por Joabe o poeta em 13/07/2020
Código do texto: T7004541
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