A reconstituição da felicidade
Eu quero viver no infinito olhando as ondas do mar, entendendo as sombras do ar.
Admirando profundamente o sol, recebendo a luz de hidrogênio, sentindo o vosso afeto, na reconstrução a fortiori das emocionalidades.
Compreendo o vosso mundo atalaiado, portanto, a importância da pré disposição.
Quero contemplar a aurora do entardecer, compreendendo a infinidade do oceano, sentido as cores vibrantes do universo.
O meu olhar encantando, entretanto, superando as ideologias do engano, no esforço sinérgico da efetivação quântica.
Não quero ser soberano, todavia entendendo este breve instante, quero ser a água do mar, o ar da sua respiração, desejo ser a vossa contemplação, negando o mundo intrujado.
Ser o sangue da vossa oxigenação, o delírio de suas emoções.
Muito além do exuberante momento, desejo ser as vossas intuições.
Vejo a noite chegando, eu neste mundo, sentindo o mais profundo encantamento pela sua doçura, a suavidade do vosso esplendor.
Compreendo o limite de tudo, do tempo e da nossa existência, sentado na beira da praia, sentido o bailar das águas do mar.
Como é profundo o vosso olhar, a felicidade construída neste tempo sonhado, vejo a passagem chegando, instante substancializado sentido o sorriso dos vossos lábios.
Caminhos desérticos foram superados, passos cansativos esquecidos, hoje não sou o vosso engano.
Tudo que posso refletir o olhar apodítico, o seu mundo dionisíaco, motivado pela vossa reconsideração, deste modo, sinto a reconstituição da felicidade.
Edjar Dias de Vasconcelos.