POESIA ÍNTIMA
POESIA ÍNTIMA
Acordo,
e um tanto sonolento,
vejo fluindo
do meu coração,
a poesia;
a me revelar
o bom alento,
que minha alma trouxe
da espiritual moradia.
Fala-me,
minha alma,
pelo meu coração,
que me oferta
a poesia, repleta de amor;
quando o ar
da manhã
me enche de emoção,
porque me envolve
com algum
cheiro mavioso de flor.
Há momentos
que a poesia me aparece,
não de fora,
mas de dentro
do meu ser;
e não falo de meu corpo,
mas da alma
que não perece;
da alma poética,
que faz o coração
amoroso resplandecer.
E assim,
a poesia íntima
se converte em poema,
pela arte da alma,
que doa
o seu amor do sensível coração.
Desperto,
concluo o poema
sem nenhum dilema,
porque o hábito de escrever
me diverte, me edifica,
me emociona a razão.
Adilson Fontoura