Demasiado Lirismo

Ecoa, coração latente, ecoa!

Deixe a minh’alma se libertar

das amarras da desilusão.

Não emudeça a nossa flama à toa,

pois há demasiado lirismo na comoção.

Tal qual uma andarilha insaciável,

eu tenho estado a versejar o meu viver.

É inútil driblar o inevitável, tu bem sabes.

O receio torna mais árduo se desprender.

Os dias escorrem ante as frestas dos teus olhos,

e o que tu farás se a vida abruptamente cessar?

Existir sem porquê certamente é lamentável;

então, pergunto-lhe: por que se negas a ousar?

Jeane Tertuliano
Enviado por Jeane Tertuliano em 06/07/2020
Código do texto: T6997860
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