ENDEREÇO
Meu coração não se esconde, mas reconheço que é difícil achá-lo.
Ande pelas ruelas simples, de casas desbotadas pelo tempo,
de janelas sem pintura, de uma vila antiga.
Ali nalguma travessinha estreita (não estranhe o vento, nem a solidão do lugar),
um pouco mais à frente, onde os paralelepípedos saltam a marcar a realidade disforme,
vais encontrar uma porta velha, descascada, onde há uma placa escrito “aberto”. Lá mora ele. Não bata, entre se quiser.