ENDEREÇO

Meu coração não se esconde, mas reconheço que é difícil achá-lo.

Ande pelas ruelas simples, de casas desbotadas pelo tempo,

de janelas sem pintura, de uma vila antiga.

Ali nalguma travessinha estreita (não estranhe o vento, nem a solidão do lugar),

um pouco mais à frente, onde os paralelepípedos saltam a marcar a realidade disforme,

vais encontrar uma porta velha, descascada, onde há uma placa escrito “aberto”. Lá mora ele. Não bata, entre se quiser.

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 30/06/2020
Código do texto: T6992406
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