"Sonhos de Papel"

As águas mansas...

Quentes, espumadas...

Na areia da praia...

Nas marés baixas...

Escodem o rebelar...

Das ondas aprisionadas...

Formando frias tormentas

Em alto mar...

Um barco de papel...

Sobrevive em terra firme...

Sem sequer se atirar...

Ao vento bravio...

E ondas incertas...

Como a um navio...

Pudesse desbravar...

É um sonho incerto...

E se incerto, não quer arriscar...

Preso, acorrentado no peito...

Ancorado no cais da incerteza...

Protegido pela insegurança...

Se desfaz com o tempo...

E à maré não se lança...

É apenas sonhar...

Bene - 06/08/2017

Benedito Oliveira
Enviado por Benedito Oliveira em 28/06/2020
Reeditado em 29/06/2020
Código do texto: T6990825
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