"Sonhos de Papel"
As águas mansas...
Quentes, espumadas...
Na areia da praia...
Nas marés baixas...
Escodem o rebelar...
Das ondas aprisionadas...
Formando frias tormentas
Em alto mar...
Um barco de papel...
Sobrevive em terra firme...
Sem sequer se atirar...
Ao vento bravio...
E ondas incertas...
Como a um navio...
Pudesse desbravar...
É um sonho incerto...
E se incerto, não quer arriscar...
Preso, acorrentado no peito...
Ancorado no cais da incerteza...
Protegido pela insegurança...
Se desfaz com o tempo...
E à maré não se lança...
É apenas sonhar...
Bene - 06/08/2017