A Dor do Mundo

Após uma recepção calorosa de vocês, pela qual agradeço muitíssimo, finalmente lhes trago um segundo escrito com um ar semelhante ao primeiro, afinal, a urgência temática dele faz-se pertinente no agora, não tendo porque expô-lo em outra hora. Inicialmente um projeto de letra, creio que os versos breves e diretos muito dizem o que penso e vemos. Fico no aguardo para conversamos mais.

A Dor do Mundo

Eu te deixarei chorar

Não segure sequer uma lágrima

Pois é nessa hora

Que a nossa guarda há de baixar

A galera está trancada

Em casa, sem armas

Contra esse inimigo

Nada têm distintivos

Há coisas que se vão

E nunca esqueceremos

As marcas aqui ficam

Contra a lei do tempo

Assim sendo

Entre tudo que já vimos

Falsas crenças e mitos

Até pode ser evanescente

Contudo, a dor do mundo

É universal no que se sente

Qual das ideologias

Algum dia nos poria

Numa realidade

Em que se vale a teoria...

... Na prática, ela revela outra face

A verdade nua e crua corre a rua

E não há utopia que a cubra

Querem na terra um olimpo

Redimir e não ser remidos

Deuses que sangram

Sem a ninguém salvar

Bendita inquietação

Que nos move a alma

Hei de assumir a pequenez 

A mim mesmo

Ao menos uma vez.

André Vaz de Campos Tourinho

09/05/20 - SSA

André Vaz de Campos Tourinho
Enviado por André Vaz de Campos Tourinho em 28/06/2020
Reeditado em 28/06/2020
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