SEMEADOR INVISÍVEL
Um dia acordei
De um longo sonho
E ainda sonâmbulo
Perambuleis por aí
Pelo vasto mundo
Semeava o bem-querer
Ao entregar rosas vermelhas
A cada moça
Debruçada nas janelas
Em cada nova esquina
Para crianças esquálidas
E eternamente famintas
Ofertava pães
Inventei moinhos
E pelos caminhos
Distribuía flores
Nas palavras de ódio
Nos gestos mesquinhos
Em cada grito de guerra
Coloquei um flor
Nas bocas dos canhões
Enxugava com esperança
Cada lágrima
Do inesperado pranto
Nos becos
Nos guetos
Nas favelas do mundo
Para cada alma
Subjugada
Jogada ao chão
Sufocada
Entregava a espada
Da justiça
E a força da revolução
Acordei
Com o inevitável desejo
De arar o céu
Os sonhos
O mundo
(Foto: Geraldo intervenção com desenho: Caó Cruz Alves)
Um dia acordei
De um longo sonho
E ainda sonâmbulo
Perambuleis por aí
Pelo vasto mundo
Semeava o bem-querer
Ao entregar rosas vermelhas
A cada moça
Debruçada nas janelas
Em cada nova esquina
Para crianças esquálidas
E eternamente famintas
Ofertava pães
Inventei moinhos
E pelos caminhos
Distribuía flores
Nas palavras de ódio
Nos gestos mesquinhos
Em cada grito de guerra
Coloquei um flor
Nas bocas dos canhões
Enxugava com esperança
Cada lágrima
Do inesperado pranto
Nos becos
Nos guetos
Nas favelas do mundo
Para cada alma
Subjugada
Jogada ao chão
Sufocada
Entregava a espada
Da justiça
E a força da revolução
Acordei
Com o inevitável desejo
De arar o céu
Os sonhos
O mundo
(Foto: Geraldo intervenção com desenho: Caó Cruz Alves)