De trás pra frente
Eu não era assim ao contrário
Não tinha esse gênio complicado
Esse ar de bicho do mato
Que ninguém mais dá jeito
Um dia chegou um vendaval
Fez um estrago meu peito
Deixou tudo de cabeça pra baixo
E me virou do avesso
Me devorava com o olhos, tão parecidos
Me via em você, como num espelho
Sem mais nem porquê o furacão se foi
Do mesma forma que veio
Agora me pego assim, rebobinando
Vivendo do fim pro começo
Que é pra passar mais rápido, ver se esqueço
Voltar pra quando o tempo era loucamente tranquilo
Um tempo em que eu ainda não te conheço.
Assim, quando você chegar me desvio, pena que não saberia o que sei hoje. Talvez acabasse errando de novo, talvez eu não pagasse o mesmo preço. Talvez.