E quando caírem nossas máscaras...
Pós-fatídico tormento!
E literalmente, rolarem pelo chão?
O que se vislumbrará estampado em cada rosto?
Sensação de alívio coletivo?
Sorrisos fáceis ou desgostos?
Falsidades, lágrimas ou apenas, emoção?
O que se revelará...
No findar dos sofrimentos!
Mais certeza, que senão?
Bocas ávidas em falar?
Um amontoado de dentes?
Ou o medo e o pavor
Inda presentes?
Tolos resquícios mesquinhos?
Ou paz de alma, espírito e coração?
Será que este sinistro terá forças para nos demover...
De torpes ressentimentos!
Dando a chance de aprendermos
Quem sabe pela dor doída, uma lição?
A chance ímpar de trocarmos nosso orgulho
Por gentis doses de humildade?
...o egoísmo sem sentido,
Por um pouquinho mais de solidariedade?
Ou tudo não passou de uma cortina...,
Uma falsa ilusão?
Estenderemos nossos braços...
Mãos e sentimentos!
Na direção do outro,
Esse outro, que é nosso legítimo irmão?
Daremos fartos cumprimentos e sinceros votos,
Gentilezas e afagos?
Ou será que nada se aproveitará
No rescaldo desse desgraçado estrago?
Tomara que tenhamos menos indiferenças,
Mais carinho,
Mais amor
E muito, mas muito mais, união!
E Deus?
Onde repousa nesse exato momento?
Em você, em mim e dentro de cada um?
Ou tudo não passou de uma agradável ficção?
O que vimos e vivemos, ficou restrita numa tragédia grega,
Nacional, mundial ou uma promissora novela?
A nutrir e brotar em cada um, neste período, algo de bom?
Ou faremos geminar, mais joios e querelas?
Com tudo se resumindo...
Num jogo de misancene,
Numa peça requintada de encenação!