A SOMBRA
Um mero “fantasma” seguia os passos
Perdido, variava, preenchendo os espaços,
E não era reconhecido os seus traços.
A sombra, reflexo zonzo de um ser “cambaleante”,
Que a todo instante,
Nem a sua silhueta reconhece.
E se nem a tua sombra te imita,
Pois, contigo se irrita,
E destoa;
É porque tu vives à toa
Nas sombras tontas
Do teu próprio eu.
Uma criatura que engana a própria sombra,
Torna-se a “pólvora” de uma “ambulante bomba”
Prestes a explodir, sobre o primeiro que zomba,
Do seu estado de lombra.
Se o teu sol não brilha
Tua sombra não trilha
Nos eixos
Pelo teu desleixo
Em viver apagado.
Ênio Azevedo