A SOMBRA

Um mero “fantasma” seguia os passos

Perdido, variava, preenchendo os espaços,

E não era reconhecido os seus traços.

A sombra, reflexo zonzo de um ser “cambaleante”,

Que a todo instante,

Nem a sua silhueta reconhece.

E se nem a tua sombra te imita,

Pois, contigo se irrita,

E destoa;

É porque tu vives à toa

Nas sombras tontas

Do teu próprio eu.

Uma criatura que engana a própria sombra,

Torna-se a “pólvora” de uma “ambulante bomba”

Prestes a explodir, sobre o primeiro que zomba,

Do seu estado de lombra.

Se o teu sol não brilha

Tua sombra não trilha

Nos eixos

Pelo teu desleixo

Em viver apagado.

Ênio Azevedo

Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 10/06/2020
Código do texto: T6973335
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