Eu não sei
Eu nasci e fui abandonado,
Fui na rua jogado.
Não terei origem e nem passado.
Qual pecado eu cometi?
O de chorar ou o de viver?
São resposta que eu não sei.
Me encontraram numa caixa,
Sem manto sem nada.
Só um manto de formiga envolvia-me.
Crueldade ou pura maldade?
Essa também eu não sei.
Talvez tenha sido desespero.
O meu furo? É incerto e prematuro.
Não tenho pai, não tenho mãe.
Até o momento, só o carinho estranho.
Autor: Joabe Tavares de Souza - Joabe o Poeta.