Humanitária?
Não me importo que eu seja a próxima...
Não me importo que deixe a vida...
Sei que um dia qualquer será a minha hora.
.
.
.
Na falácia da humanidade.
Ouço todo dia uma fala humanitário...
Que dizem que choram a dor da crise instalada.
.
.
.
Nada me tira a dor daqueles que estão indo embora...
É no meu silêncio...
Que respeito o agora... o hoje... a memória.
.
.
.
Não será nos palanques nem nos olofotes que saberam que sinto...
Mas no silêncio que grita dentro da minha alma.
.
.
.
Enquanto houver julgamento...
Enquanto houver barulho...
Enquando houver movimento...
Nada me consola.
.
.
.
Mas quanto eu ouvir o silêncio...
Eu ouvir o som frio...
Quando acabar o argumento...
Eu me sentarei na mesa...
E verei quem é o verdadeiro.
.
.
.
Estou esperando o silêncio...
Sem medo.
Apenas reconhecendo quem sou neste tabuleiro da vida.
Marilene Castro.