IMPERMANÊNCIA
Já não escolho palavras
apenas as colho
Já não percorro caminhos
apenas descubro
Já não me alimento de sonhos
apenas vivo
Já não procuro respostas
apenas penso
Já não conto as horas
apenas aguardo
Já não falo tudo que posso
apenas o necessário
Já não espero elogios
apenas faço o que devo
Já não olho por olhar
apenas observo
Já não atravesso oceanos
apenas deixo minhas pegadas nas praias
Já não conto as estrelas do céu
apenas me basta o luar da noite
Já não tenho receio pelo amanhã
apenas ele será sempre o hoje
Já não acumulo livros de papel
apenas faço download
Já não ouço qualquer musica
apenas as que tocam meu coração
Já não luto por lugar ou espaço
apenas tenho o mundo
Já não vivo contando moedas
apenas me preocupa os tesouros da alma
Já não leio horóscopo
apenas consulto minha consciência
Já não discuto opiniões
apenas ideias
Já não idealizo o amor
apenas é um estado de ser ou não ser
Já não me preocupo em ser conclusivo
apenas como tudo na vida
este poema estará sempre
aberto a revisão...
Foto: Praia da Figueirinha / Setúbal / Portugal / Junho 2020
Já não escolho palavras
apenas as colho
Já não percorro caminhos
apenas descubro
Já não me alimento de sonhos
apenas vivo
Já não procuro respostas
apenas penso
Já não conto as horas
apenas aguardo
Já não falo tudo que posso
apenas o necessário
Já não espero elogios
apenas faço o que devo
Já não olho por olhar
apenas observo
Já não atravesso oceanos
apenas deixo minhas pegadas nas praias
Já não conto as estrelas do céu
apenas me basta o luar da noite
Já não tenho receio pelo amanhã
apenas ele será sempre o hoje
Já não acumulo livros de papel
apenas faço download
Já não ouço qualquer musica
apenas as que tocam meu coração
Já não luto por lugar ou espaço
apenas tenho o mundo
Já não vivo contando moedas
apenas me preocupa os tesouros da alma
Já não leio horóscopo
apenas consulto minha consciência
Já não discuto opiniões
apenas ideias
Já não idealizo o amor
apenas é um estado de ser ou não ser
Já não me preocupo em ser conclusivo
apenas como tudo na vida
este poema estará sempre
aberto a revisão...
Foto: Praia da Figueirinha / Setúbal / Portugal / Junho 2020