USO DOS DONS
Encurralado, sensos criativos brotam.
O homem, seus neurônios ‘desbotam’,
Até que ele encontre uma perfeita saída.
E se a priori ele provocar uma caída,
As suas ideias criativas não se abortam.
Criaturas recheadas de belíssimos dons,
Mas cada uma delas é que dita seus tons.
Ainda alguns se borram de marrons
Disfarçados de heróis, fingindo-se de bons.
Deus seja louvado pela criatividade humana!
Mas tem gente por aí, que a mim não engana,
Mulher proferindo palavra doce, mas caninana,
E homem com palavra difícil, mas leviana.
E assim a humanidade cresce e vive!
Entre um lento aclive e acentuado declive.
Evoluem em muitos âmbitos,
Mas noutros... Parecem retrógrados,
Quando sobem na vida aos “púlpitos”
Diminui-se em visíveis centígrados.
Ah, humanos!
Pois onde estiver o teu tesouro,
Ai também estará o seu coração.
Cuidado com o bruto estouro
Causado pela tua abstração.
Ênio Azevedo