Estrelas e trovôes ao escuro do novo céu.

A estrada é torta, o caminho é cheio de curvas, no meio do trilho existem montanhas enormes.

O passageiro é manco, não tem um dos olhos, acredita em fantasmas, pensa que a lua tem luz própria.

Confunde trovões com raios, as estrelas como se fossem o brilho do sol.

Deste modo, a imaginação não tem futuro, a metafísica dos deuses, a delírica ideologização.

Este é o vosso mundo, a fantasia das loucuras.

Está aqui apenas para completar a vossa estupidez, pensa ser sábio, quando é apenas um abobado.

Com efeito, o vosso público.

O campo é desértico, o vosso mundo não tem pastagem, grita o silêncio, com medo das recordações.

O que posso dizer a respeito da vossa repetição, a continuidade da sua existência, um pobre coitado, pensando ser superior, quando na verdade é a representação do nada.

Torta é a vossa cabeça, sem cognição, apenas da linguagem, as pedras sua ideologias assintomáticas.

O escuro a representação dos vossos olhos, a vossa luz a própria escuridão.

O atraso do mundo, o reino da bestialidade, tais quais são eles também, você fala como um monstro do lago.

Preso as cavernas platônicas, qual é o vosso mundo, seus trilhos entortados ao topo das montanhas.

Os deuses metafísicos divertem com a vossa bestialidade, será então a lamparina apagada no mundo das trevas.

Século XIX resquício das eras passadas, alma sem corpo, satanismo incorporado, deste modo, a nova celestialidade.

Sem futuro o reino, a tragédia incorporada, o vosso mundo a sua estupidez.

Deste modo, um instante que precisa ser apagado das novas imaginações.

A estrela sem hidrogênio do velho infinito.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 31/05/2020
Reeditado em 31/05/2020
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