Estrelas e trovôes ao escuro do novo céu.
A estrada é torta, o caminho é cheio de curvas, no meio do trilho existem montanhas enormes.
O passageiro é manco, não tem um dos olhos, acredita em fantasmas, pensa que a lua tem luz própria.
Confunde trovões com raios, as estrelas como se fossem o brilho do sol.
Deste modo, a imaginação não tem futuro, a metafísica dos deuses, a delírica ideologização.
Este é o vosso mundo, a fantasia das loucuras.
Está aqui apenas para completar a vossa estupidez, pensa ser sábio, quando é apenas um abobado.
Com efeito, o vosso público.
O campo é desértico, o vosso mundo não tem pastagem, grita o silêncio, com medo das recordações.
O que posso dizer a respeito da vossa repetição, a continuidade da sua existência, um pobre coitado, pensando ser superior, quando na verdade é a representação do nada.
Torta é a vossa cabeça, sem cognição, apenas da linguagem, as pedras sua ideologias assintomáticas.
O escuro a representação dos vossos olhos, a vossa luz a própria escuridão.
O atraso do mundo, o reino da bestialidade, tais quais são eles também, você fala como um monstro do lago.
Preso as cavernas platônicas, qual é o vosso mundo, seus trilhos entortados ao topo das montanhas.
Os deuses metafísicos divertem com a vossa bestialidade, será então a lamparina apagada no mundo das trevas.
Século XIX resquício das eras passadas, alma sem corpo, satanismo incorporado, deste modo, a nova celestialidade.
Sem futuro o reino, a tragédia incorporada, o vosso mundo a sua estupidez.
Deste modo, um instante que precisa ser apagado das novas imaginações.
A estrela sem hidrogênio do velho infinito.
Edjar Dias de Vasconcelos.