Silêncio
Silêncio
Estranha esta quietude, este silêncio
Ausente de vida, do sopro do mundo
Bobagem, é não participar do que existe
Desta dinâmica, disto, que se diz vivente
E ouvir nas esferas, os acordes espaciais
Ou viver no ranço, meloso e nada mais
Inquietude, o eterno descontentamento
No Mundo la fora, no falso alheamento
Que julgamos ser, e nele inda se cresse
Como um ser feito vidro, e não se visse
Antonio Noronha -17