INQUIETUDE ... (rev)
Maria Luiza Bonini
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Habita, dentro em mim, uma incontrolável inquietude
A confundir o meu, já tão amadurecido, tempo
Como se eu ainda fora uma menina, adolescendo
Mergulhada em meus sonhos, regados a juventude
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Esta inquietude que me permite vagar nos impossíveis
Com tamanha irreverência e sem pedir licença ao magos
Tal Medusa, a tatear a vida, por entre seus tentáculos
Adentra a propalados espaços, ditos intransponíveis
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Das cicatrizes deixadas pela vida, desenho meus jardins
Tão floridos e belos, que chegam a exalar o aroma dos jasmins
E circundam, em festa, colorindo o caminhar de um novo tempo
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Minhas angústias, todas elas, as entrego aos querubins
Que as levam, em segredo, para bem longe de mim
Regalando-me com a quietude da paz de um divino templo
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