E as flores estéreis sem sorte!

nadam nenúfares na lama,

dessa morte que os chama

um sol alto, quente e indiferente

os lírios não se movem

os juncos definham

um tempo eterno que se faz deserto

indiferentes matam a sede na esplanada

há cerveja gelada, conversa fiada…

um fogo quente que lavra

na garganta de gente que não faz nada…

Alberto Cuddel

11-03-2020

11:00

In: Nova poesia de um poeta velho

Alberto Cuddel
Enviado por Alberto Cuddel em 27/05/2020
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