VENTOS DE BERLIM

De início parecia pardacento,

Logo tomou-se só de negror ...

Ele prometia prosperidade ...

Então, eis que enfim tomou assento,

Propagou todo o desamor

Na azáfama da iniquidade.

E tudo, antes belo, feito pó -

Era o alastrar daquela treva :

Muitas levas de cadáveres, levas !

Moinho que esmaga com a mó !

Tudo que gerou, terra arrasada;

Mobilizou batalhões, frotas -

Esmagou-se com a derrota :

Houve nova luz na enseada ...

Dedico este poema a todos anti-fascistas da Terra, de ontem e de hoje...

Camilo Jose de Lima Cabral
Enviado por Camilo Jose de Lima Cabral em 25/05/2020
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