Desistência

Hoje eu reconheço que às vezes

É preciso desistir para resistir.

Então num último ato de sobrevida:

Hoje eu prefiro sorrir para os meus espelhos,

Do que provocar o teu riso triste.

E estender minhas mãos ao desconhecido,

Do que me deixar levar por você, sem saber para onde.

Prefiro semear as flores no meu jardim,

Do que espalhar pétalas no teu caminho sem Sol.

Quero dançar qualquer música na imaginação,

Do que aquela canção, que já não é sobre nós.

Hoje eu prefiro o silêncio total das coisas mudas,

Do que a espera do teu silêncio sem voz.

Hoje eu prefiro a dor real de um triste final.

Do que uma ilusão de areia

De um final triste ao seu lado!

Neyde Cipriano
Enviado por Neyde Cipriano em 24/05/2020
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