Habemus Revolução
Um poeta da elite morre
Manchete de televisão
Um poeta da rua morre
Ninguém sabe quem era o cidadão
Talvez mais um ladrão
Mas é na rua escura da favela
Que todo dia nasce um poeta
Mas a fumaça que sobe sem trégua
É sempre a da força tarefa
Que transforma o preto em tagarela
Mas o preto um dia aprende
E se torna profeta
Trabalha honestamente
Ganhando suas primeiras moedas
E calando os Zé Ruelas
E quando a sociedade
Que o menospreza, menos espera
Ele desce a ladeira da favela
Afirmando em alta voz
HABEMUS REVOLUÇÃO
E quem um dia deu nele um chutão
Assiste seu refrão pela televisão
A 4K que gastaram todo seu cifrão!
Leandrowski
LHR Thoughts ™
"A revolução começa primeiro na mente, pra só depois se tornar um chute na bunda!"