Elegia do sangue
Sangue ruim
Sangue bom
Sangue de barata
Vermelha tinta
Que colore as ruas
Velhas teias
Onde passeiam indiferentes
As dores da vida
Sangue que intangível
Bóia na areia
Dos mares em que os peixes
Aflitos se afogam
Sangram por guelras feridas
Ferros capitalistas
Lucros loucos
Beijos da morte
Sangue vendido
Quente vertido
Colorindo bandeiras
Estandartes de guerra
Revoluções perdidas
Calçadas urbanas
Habitadas pela exclusão
Sangue horizontal
Misturado com o sol