Muit(as) vezes...

Às vezes, se calar custa ajeitar a nossa bagunça interna.

Calar, requer calma e saber onde se pondera.

Às vezes, silenciamos a nossa dor e a compartilhamos em prece.

Silenciar a alma é conversar só com quem a merece.

Às vezes, pessoas nos machucam lá no fundo e criamos muros.

Machucar, resulta em calma posterior, para cicatrizar golpes duros.

Às vezes, nos sentimos como se não fossemos capazes de causar amor.

Capacitar a mente para ignorar os dissabores é driblar a dor.

Às vezes, pensamos que as pessoas conseguem enxergar a nossa alma.

Enxergar a alma não é para todo mundo, pois precisa ter calma.

Às vezes, nos vemos sendo atração, apenas pelos nossos corpos.

Atrair pelo físico é fácil, difícil é ver além dos óculos.

Às vezes, você descobre que muitos só falam e não tem atitudes nobres.

Descobrir faz parte do processo para sermos mais fortes.

Às vezes, os discursos são metáforas e blasfêmias.

Discursar por textos é um risco por verdades efêmeras.

Às vezes, somos considerados apenas vislumbres admiráveis.

Considerar, requer apenas um olhar sem desejos palpáveis".

(Rafa Entre Linhas)