O Brado Retumbante

Acordo,

Ligo a tv e vou tomar café,

Mulher já foi trabalha,

Só o moleque de pé,

Brincando, na maior distração,

Ainda bem, pois assim não absorve as mentiras da televisão.

Que te põe em dúvida,

Fique em casa ou vai trabalhar?

Se tu não morre de fome é o vírus que vai te matar.

E o governo?

Mais perdido que virgem em puteiro,

Se acha dono do dinheiro que de imposto tirou do bolso do trabalhador brasileiro.

Só vejo mortes crescendo e políticos a vibrar,

Quanto mais gente morrendo, mais teu dinheiro ele vai ter que usar,

Os argumentos usados são os mais traiçoeiros,

Um hospital de campanha com superfaturamento.

E para o vírus sumir você não vai circular,

Proíbem carros nas ruas e enchem metrô e ônibus,

Como se o vírus não tivesse por lá.

E no planalto?

São gargalhadas e um "e daí" indecente,

Se comemora a morte e torcem para que os índices estejam sempre crescentes,

Pois assim, se justifica sua opinião e poder,

"Eu sou teu deus, quer ficar vivo? Terá que me obedecer".

Há tantos corpos espalhados,

Em cemitérios buracos sendo cavados,

Governador, presidente e o seu prefeito,

Como urubu em carniça,

Buscando restos,

Para justificar sua força política.

E você?

Em redes sociais se põe a berrar,

Se posiciona de um lado,

Enquanto "põe no teu rabo",

E mesmo assim murmura gritos, parece gostar.

A mente cria um herói,

Que terá todo poder,

E todo povo brasileiro terá que obedecer.

E quem opinar diferente vira "Lex Luthor",

Um traidor como Judas,

Ou aliado de um ladrão barbudo.

Você não vê?

Ou não quer enxergar,

Que essa guerra é insana,

Pois o que querem é grana,

E quando o povo inflama,

Em hospitais faltam camas,

Enquanto buscam a fama,

O burro e boi comem grama,

E se lambuzam na lama,

E em seu brado retumbante,

Tenta justificar,

A sua ideologia de político idolatrar.