Manias
Belo mundo que contemplo em suas manias
Tento andar por ele sem que eu mesmo tropece
Faço de tudo para me equilibrar
Não posso sequer pensar em parar
Sem correr o risco de me tornar aquilo que tanto me aborrece
Contemplo o mundo em suas virtudes e fragilidades
Tanto da boca daquele que me traz a mentira
Quanto da atitude daquele que julgo me trazer a verdade
Manias de um mundo entregue a egomania
Que cria seres que ao entenderem a luta como rinha
Não percebem que adotam de forma inconsciente
A mesma conduta daquele que conduz a megalomania
Julgam a minha dor como patifaria
E a mensagem que busco entregar
Como retrógrada e pertencente a tirania
E ao abafarem o som daqueles que têm muito o que falar
Exercem sem força de lei ou voto popular
A ilusão do direito a soberania
Esse é o belo mundo que contemplo em suas manias
Onde o poeta por se manter sempre resoluto
É considerado por todos como o cúmulo do absurdo
Mas esse é o belo mundo que me contento em suas manias
Que é o alvo principal de minha ironia!
Leandrowski
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